O Carnaval, principalmente aquele que ocorre na rua, aberto e coletivo, representa um processo de apropriação do espaço público. O cortejo festivo subverte a dinâmica cotidiana dos fluxos e o pedestre volta a ocupar todo o espaço da rua, indicando que o momento pede o passo das pernas, não os giros dos automóveis. Nesse ritmo, embalados por repiques, podemos perceber os elementos que, quase sempre a pressa do cotidiano, em meio à velocidade e barulho dos motores, os nossos sentidos não conseguem ler. Também percebemos uns aos outros. Nesse lugar comum, percebemos aqueles que nos são íntimos e aqueles que nos são estranhos, emanando alegria e afeto, manifestando as suas existências. Assim, essa manifestação reforça o que somos e onde estamos, (re)afirmando identidades.
E museu é lugar de carnaval?
Num lugar em que acreditamos que seja construído com a participação e reflexão sobre cultura, manifestação cultural e ação popular, nada mais justo que esse espaço também seja um espelho, que possamos nos ver dentro dele, que nossas curiosidades, encantamento, dúvidas e tensões caibam nele. É importante que essa reflexão seja “ver de lá pra cá, de cá pra lá”. O museu de ciência e tecnologia deve estimular pessoas, ajudar a encontrar respostas para algumas perguntas, elaborar novas perguntas, ressignificar valores, propor o encantamento, podemos realizar isso o ano todo e também no Carnaval, estimulando nossos visitantes a sonhar, a se ver fora (e dentro) da caixa.
Oficina Em caixa!
Datas: 04 a 21/02
Horário: 13h às 17h
Faixa-etária: livre
Os blocos já estão ensaiando, é hora de tirar a peruca do guarda-roupa, recolar aquelas lantejoulas caídas. Mas, muitas vezes, não temos em casa todos os materiais necessários para fazer aquela fantasia criativa, inovadora, divertida que desejamos nos dias de folia. Pensando nisso, o que acham de virem conhecer o museu e ainda de quebra sair com uma fantasia brilhante? É o que propomos nessa oficina. Que tal criar fantasias vestíveis, usando caixas de papelão? Que tal um astronauta? Um robô? Uma Lhama? Um unicórnio? E quem sabe um diamante
Encenações: "Conversa com a Pedra"
Data: todas as quintas
Horário: 16h30 às 18h
Faixa-etária: livre
Uma pedra? O que será que tem dentro dela? Salas grandes e vazias? Ou cheias de coisas? Inspirados no poema "Conversa com a Pedra", de Wislawa Szymborska, o Projeto Encenações do MMGerdau apresenta uma adaptação cênica da obra da escritora polonesa.
Ateliê Científico Acessível
Datas: 27/02, das 19 às 21 horas
28 e 29/02, das 13h às 17h
Faixa-etária: livre
O Ateliê Científico Acessível traz a ludicidade como forma de acesso. A proposta é que cada participante, com suas diferentes demandas, tenha acesso à cultura, às artes e às ciências por meio das atividades preparadas pelo Educativo. A ideia é colocar o público em contato com as temáticas das deficiências, provocar reflexões e sensibilização, destacando a necessidade de construirmos uma sociedade cada vez mais inclusiva e democrática.