Cacá Diegues analisa obra de João Ubaldo Ribeiro em programação do Centro Cultural Unimed BH Minas

O Letra em Cena on-line, projeto do Centro Cultural Unimed BH Minas, espaço integrante do Circuito Liberdade, apresentará, nessa terça-feira (13/4), às 20h, a obra de João Ubaldo Ribeiro (1941 – 2014), romancista, cronista, roteirista e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) sob o olhar do cineasta e membro da ABL Cacá Diegues.  A conversa com o curador do programa literário do Minas Tênis Clube, José Eduardo Gonçalves, será transmitida no canal oficial do Minas no YouTube (minastcoficial). João Ubaldo Ribeiro foi vencedor, em 2008, do Prêmio Camões e é considerado por especialistas como um dos principais disseminadores da cultura brasileira no mundo. A leitura de trechos de livros do escritor baiano será feita pelo ator mineiro Glicério do Rosário.

João Ubaldo começou sua atividade literária logo nos primeiros anos da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde entrou em 1958. Formou-se em 1962, sendo aluno exemplar, mas nunca praticou a advocacia. Também na UFBA, fez pós-graduação em Administração Pública. Logo nos primeiros anos de faculdade, editou com Glauber Rocha, revistas e jornais culturais e participou do movimento estudantil. Trabalhou como repórter e editor em vários jornais da Bahia, fez mestrado na Universidade da Califórnia do Sul e foi professor de Ciências Políticas na UFBA. Em 1963 escreveu seu primeiro romance, Setembro Não Faz Sentido, apadrinhado por Jorge Amado e com prefácio do colega Glauber Rocha.

Dentre as obras de João Ubaldo, destacam-se "Sargento Getúlio" e "O sorriso do lagarto", adaptados respectivamente para o cinema, em 1983, e para a TV, em 1991. Mas, para Cacá Diegues, nenhuma adaptação dos livros do autor faz jus à sua grandeza. “A obra de Ubaldo é intransferível para outras linguagens. Dificilmente as adaptações de seus contos e romances estão à altura dos originais. O que é atraente em sua obra e a faz popular e bem-sucedida é o registro dos mundos em que ela se passa, sempre muito fiel a uma originalidade especial que só ele, em nossa literatura moderna, sabe revelar”, explica Diegues.

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