Mostra reúne pela primeira vez em Minas cerca de 400 espécies minerais brasileiras

Já viu de perto um diamante? E uma esverdeada malaquita? Uma nova exposição de minerais raros e recém descobertos, nunca antes vistos em um museu brasileiro, estará no Circuito Liberdade

 Contar a história das riquezas de Minas Gerais e de seus recursos naturais é a missão do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, integrante do Circuito Liberdade. Celebrando as ciências da Terra e a identidade de um povo, será aberta ao público no dia 24 de março a exposição da coleção Minerais do Brasil. É considerada a melhor coleção e também a mais representativa quando se trata de minerais brasileiros. Nenhum outro museu do país ou coleção particular tem tal quantidade e beleza.

 No Brasil ocorrem, aproximadamente, 970 espécies minerais válidas. A nova Sala Professor Doutor Álvaro Lúcio abrigará 400 dessas espécies, incluindo suas variedades. Ou seja, será uma grande mostra de tudo o que já foi encontrado no país. Dentre estas amostras, estarão presentes 35 espécies-tipo válidas, das 70 existentes no Brasil. Além disso, raridades como a melhor amostra de cobre nativo do Brasil; Crichtonita, o maior cristal de sua espécie do mundo; e Sellaita, um haleto mundialmente raro de excelente qualidade.

 Até então, o prédio rosa da Praça da Liberdade contava com o acervo do antigo Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães, que funcionou no Edifício Rainha da Sucata. “Além de acrescentar novas espécies minerais ao MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, a coleção cumpre a função de apresentar à sociedade a riqueza do solo brasileiro, sua estética e significado”, afirma a geóloga Andrea Ferreira, curadora de geociências do museu e da exposição.

 Muitos especialistas de renome nacional e internacional estão envolvidos. A coleção foi criada por iniciativa dos empresários Antônio Delfino Santos e Sebastião Santos, com o objetivo de implantar o Museu de Mineralogia (MUMI), na cidade de Sete Lagoas, região de muitas descobertas e rota do explorador Peter Lund (1801-1880) -  um dos naturalistas dinamarqueses mais notáveis do século XIX, e que é considerado o pai da paleontologia e arqueologia no Brasil.

 A iniciativa começou com a compra da coleção do falecido colecionador Manfredo Kayser, ex diretor-superintendente da Magnesita, que formou sua coleção ao longo de toda vida, e mais recentemente, com a aquisição da coleção de outro importante colecionador, Luiz Menezes. O MUMI não foi implantado e em parceria com o MM Gerdau, a coleção ganhou uma sala especial no segundo andar do museu. Em homenagem ao engenheiro metalúrgico, estudioso e colecionador de minerais, a sala foi batizada de Professor Doutor Álvaro Lúcio, uma renomada autoridade internacional no assunto. 

 Márcia Guimarães, gestora do museu, considera a chegada da nova coleção como um grande presente para o Museu e para os apaixonados pela Mineralogia. Para ela, nome da exposição “Minerais do Brasil” foi muito bem escolhido pelos curadores. “Nosso país tem registrado cerca de 70 minerais tipo do Brasil, ou seja, minerais cuja primeira amostra reconhecida oficialmente pelo mundo é brasileira. Na nova exposição, iremos expor a metade. É algo realmente inédito!”, afirma. 

 A sala Prof. Doutor Álvaro Lúcio, onde está a coleção Minerais do Brasil, pode ser visitada de terça a domingo, das 12h às 18h, sendo na quinta-feira, das 12h às 22h. A entrada é gratuita.

Fizemos uma visita ao MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal para conferir a exposição. Assista!

SERVIÇO:

Exposição Minerais do Brasil

Inauguração da sala Prof. Doutor Álvaro Lúcio

Quando: a partir de 24 de março

Funcionamento: terça a domingo, das 12h às 18h, e quinta, das 12h às 22h

Entrada gratuita

Visitas de grupos podem ser agendadas

Outras informações: (31) 3516-7200

 

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